quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Lenda das Yabás na Feijoada de Ogum de Ronda


O QUE: Espetáculo Lenda das Yabás na Feijoada de Ogum de Ronda
QUANDO: Domingos, 03 de Fevereiro
SESSÕES: 14: horas
ONDE: Praça da Cruz Caída (Centro Historico de Salvador - Pelourinho)
INGRESSOS: Gratuito
CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – cculturalensaio@gmail.com



ESPETÁCULO LENDA DAS YABÁS NA FEIJOADA DE OGUM DE RONDA NO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR-BAHIA



 

O Espetáculo Lenda das Yabás encerra a sua 1º temporada com uma apresentação especial no Centro Histórico de Salvador (Pelourinho) com acesso gratuito do publico.

Em parceria com a Associação das Baianas de Acarajé a Cia de Teatro Terra Brasilis realizará uma apresentação na praça da Cruz Caída (Memorial das Baianas)  onde também será realizada a uma feijoada para Ogum de Ronda.

O espetáculo que trata a ancestralidade da cultural Afro realizou oito apresentações (entre 12 e 27) ao longo do mês de Janeiro como pré estreia obtendo uma excelente receptividade da critica e do  publico que lotou o Centro Cultural Ensaio todos os dias, tendo ainda realizado duas apresentações extras.

Durante o mês de Fevereiro o grupo deverá realizar algumas apresentações nas Praças do Centro Histórico e em alguns Terreiros de Salvador, voltando a cartaz para sua estreia oficial no dia 02 de Março no Centro Cultural Ensaio (Garcia), aos Sábados e Domingos sempre as 20h.  


SOBRE O ESPETÁCULO


O Espetáculo Lendas das Yabás trás uma historia que se passa num passado e tempo indefinido e mostra a fúria de um Deus humano que age de acordo com suas emoções. Revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra), Olorum resolve infertilizar todas as mulheres (as Yabás) para extinguir a raça humana e prender a chuva para que a Terra fique seca- isso é representado pelos galhos secos e tom pastel que compõem o cenário dando aspereza a encenação - pois a natureza retrata é a presença concreta do Deus abstrato. Nanã, que é a mais antiga dos orixás, surge no texto como uma grande ialorixa e sacerdotisa que conduz os festejos, impostos por Exu, em agradecimento por este ter conseguido chegar a Olorum desvendando os segredos para que o Deus maior devolvesse a paz a Terra. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e enfatiza que todo ser vivo, por possuir uma parcela divina, é capaz de se conectar com Deus com bases na energia e ações emitidas a outro ser e por isso Exu conseguiu chegar a Olorum e descobrir os segredos para trazer a concórdia a Terra. O mesmo Exu que trará a paz também conduz a ciumenta Oxum, causando intrigas e discórdias entre as demais Yabás, utilizando da obsessão que mesma sente pelo amor de Xangô, que por sua vez vive com suas quatro mulheres no palácio onde se passa toda a historia. 

Cada uma das Yabás com seus signos traz em si a representatividade da essência e força feminina que ganham destaque na encenação que tem um misto de religiosidade popular e sensualidade profana. Yansã representa a figura da mulher contemporânea e independente, que age de acordo com a sua intuição e vontade sem se curvar aos caprichos ou preconceitos de uma sociedade (e por isso é a preferida de Xangô). Obá representa a evolução feminina em busca da igualdade, sua personalidade vai da típica dona de casa que se esmera ao máximo para agradar seu marido - sendo vítima de diversas injustiças - até a descoberta da força que muitas mulheres trazem dentro de si e desconhecem. A grande lição de Oba vem quando ela dá um basta na situação que vive e com isso se torna uma grande guerreira. A menina Ewá, representa o romantismo e inocência feminina. Demonstra sua força na revolta pela desilusão amorosa que sofre após cair numa das muitas armadilhas criadas por Exu. Ela é salva da fúria de Yansã por Oxossi que a leva para a mata e lá descobre essa força e volta para se vingar de Xangô que tentou seduzi-la. Oxum, sempre orientada por Exu, ao longo da história se utiliza da sua beleza para seduzir e orquestrar situações com o intuito de afastar as outras mulheres de Xangô, até que Oxalá vem ao reino para selar a paz e transformar os homens em orixás. 

Assunto:  

Espetáculo Lenda das Yabás na Feijoada de Ogum Rodante (Pelourinho)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013







 Finalização da 1º Temporada



Como um raio de Yansã rasgamos o mês de Janeiro com a pré estreia de Espetáculo Lenda Das Yabás. Agradecemos imensamente a generosidade do publico que lotou todos os dias a nossa casa (O Centro Cultural Ensaio), ao povo do Axé que veio nós ver, a colaboração das instituições ligadas a cultura Afro, aos artistas que colaboraram com a feitura da peça, as empresas que acreditaram a apoiaram o Lenda e a todos mais que se interessaram. Agradeço ao grupo de atores (na foto) que (me) aguentaram com força e fé todas as mudanças e os 10 meses de ensaios e dedicaram os seus Sábados e Domingos para termos e darmos o melhor resultado num espetáculo ao qual só temos que agradecer, agradecer e AGRADECER por tudo que aprendemos e que nos foi ofertado. Que as águas de Março venham fechando o verão, lavando e abrindo os caminhos para a nossa estreia e que o publico (que não é publico...) esteja tão presente quanto estiveram nas oito apresentações que realizamos. Axé!  


sábado, 19 de janeiro de 2013

 
O QUE: Espetáculo “Lenda das Yabás” 
QUANDO: Sábados e Domingos
SESSÕES: 20: horas
ONDE: Sala de Teatro do Centro Cultural Ensaio (Av. LeovigildoFilgueiras nº 58 Garcia)
INGRESSOS: R$ 20, (int.) – R$ 10, (meia)
CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – projetoolubaje@gmail.com
 
 
SOBRE A ENCENAÇÃO
 
 
“Iabá, YabáouIyabá , cujo o termo quer dizer Mãe Rainha, é o termo dado aos orixás femininos Yemanjá e Oxum, mas no Brasil esse termo é utilizado para definir todos os orixás femininos em geral”
 
 
 
O Centro Cultural Ensaio realizará sessões do Espetáculo Lenda das Yabás para um público restrito a 50 pessoas. As primeiras apresentações serão voltadas para o povo do axé e associações ligadas a cultura Afro. Na noite de estreia a Companhia de Teatro Terra Brasilis (CTTB)terá como plateia a presidente (Rita Santos) e associadas da ABAM - Associação das Baianas de Acarajé de Salvadorpara o espetáculo que tem a sua estreia oficial prevista para Março de 2013, com texto e direção de Fabio S. Tavares (Benedita, Fogueira, Escombros, Quadrilha). No local haverá a Exposição intitulada “Bahia’ Minha Preta” que traz objetos de personalidades baianas a exemplos dos turbantes de Negra Jhô além de quadros sobre o processo de ensaios e laboratórios do espetáculo.
 
Independente e a cima de discussões acerca de raça ou religião, o Texto “Lenda das Yabás” traz à tona a história da ancestralidade da cultura afro-brasileira, bebendo da sua fonte mais pura ao se utilizar das lendas de quatro Yabás (orixás femininas):Yansã, Obá, Ewá, Nanã e Oxum. Entrelaçando os contos dessas divindades, o elenco da CTTB estimula o público a conhecer uma história intensa oferecendo diálogos diretos criados com o intuito de humanizar as personagens centrais e visando captar a atenção absoluta do espectador quase transpondo-os para a encenação.
 
O Texto, que tem uma construção narrativa cenários e figurinos artesanais, conta a lenda das Yabás passando ainda por outros Orixás como Yemanjá, Exu, Xangô, Ogun, Omolu e Oxalá, os quais  têm sub-contos dramatizados com a intenção de levar ao público um conhecimento sobre as lendas desses orixás sem desrespeitar o conceito de cada um deles. A musicalidade está presente na encenação com atabaques que pontualmente dão o clima e vestem as cenas com a leveza ou peso necessários para a construção cênica. Todo o som produzido ao vivo pelo elenco vem em função da expressão dramática e não se sobrepõe a ela.
 
Dentro do processo de construção do espetáculo foram despertadas outras possibilidades e o projeto ganhou o nome de Olubajé(que no candomblé é um ritual especifico para o orixá Obaluayê, que tem o significado de prolongar a vida e trazer saúde aos participantes)que integra uma série de Workshops intitulado de “CRU” que é uma sigla para Crença (um debate), Raiz (uma Oficina) e Universalidade (um bate papo entre lideres de diversas religiões que será aberto ao publico) além da Exposição “Bahia Minha Preta” que reúne obras – entre quadros, turbantes, esculturas artesanais e exibição de fotos e filmes – que objetiva homenagear a cultura Afro do da Bahia e suas raízes.
 
Mas a pedra fundamental é o espetáculo que trás uma historia que se passa num passado e tempo indefinido e mostra a fúria de um Deus humano que age de acordo com suas emoções. Revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra),Olorum resolve infertilizar todas as mulheres (as Yabás) para extinguir a raça humanae prender a chuva para que a Terra fique seca- isso é representado pelos galhos secose tom pastel que compõem o cenário dando aspereza a encenação - pois a natureza retrata é a presença concreta do Deus abstrato. Nanã, que é a mais antiga dos orixás, surge no texto como uma grande ialorixa e sacerdotisa que conduz os festejos, impostos por Exu, em agradecimento por este ter conseguido chegar a olorumdesvendando os segredos para que o Deus maior devolvesse a paz a Terra. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e enfatiza que todo ser vivo, por possuir uma parcela divina, é capaz de se conectar com Deus com bases na energia e ações emitidas a outro sere por isso Exu conseguiu chegar a Olorume descobrir os segredos para trazer a concórdia a Terra. O mesmo Exu que trará a paz também conduz a ciumenta Oxum, causando intrigas e discórdias entre as demais Yabás, utilizando da obsessão que mesma sente pelo amor de Xangô, que por sua vez vive com suas quatro mulheres no palácio onde se passa toda a historia.
 
Cada uma das Yabás com seus signos traz em si a representatividade da essência e força feminina que ganham destaque na encenação que tem um misto dereligiosidade popular e sensualidade profana. Yansã representa a figura da mulher contemporânea e independente, que age de acordo com a sua intuição e vontade sem se curvar aos caprichos ou preconceitos de uma sociedade (e por isso é a preferida de Xangô). Obá representa a evolução feminina em busca da igualdade, sua personalidade vai da típica dona de casa que se esmera ao máximo para agradar seu marido - sendo vítima de diversas injustiças - até a descoberta da força que muitas mulheres trazem dentro de si e desconhecem. A grande lição de Oba vem quando ela dá um basta na situação que vive e com isso se torna uma grande guerreira. A menina Ewá, representa o romantismo e inocência feminina. Demonstra sua força na revolta pela desilusão amorosa que sofre após cair numa das muitas armadilhas criadas por Exu. Ela é salva da fúria de Yansã por Oxossi que a leva para a mata e lá descobre essa força e volta para se vingar de Xangô que tentou seduzi-la. Oxum, sempre orientada por Exu, ao longo da história se utiliza da sua beleza para seduzir e orquestrar situações com o intuito de afastar as outras mulheres de Xangô, até que Oxalá vem ao reino para selar a paz e transformar os homens em orixás.
 
 
Com esses elementos o Texto, do também produtor Fábio S. Tavares, projetou um espetáculo que reitera o papel do ator no processo criativo - isso pôde ser conferido com os pequenos vídeos que foram lançados semanalmente em redes sociais, com imagens do processo de criação ao longo dos 10 meses de ensaios - enfatizando, sobretudo, o corpo e o leque de expressões possíveis em que ele se realiza na cena: da dança à pantomima. Nessa montagem, percebemos que as personagens da trama nascem do natural e não do realismo (numa interpretação tipicamente stanislavskiana), buscando também uma técnica que envolve o ator na sua totalidade: mente, corpo, gesto, palavra, espírito, matéria, interno, externo (tendo inspiração na obra do teórico Grotowski). Elas são, no entanto, espelhos do real, mas distorcidos pelo manejar poético do ator e da pulsão do seu gestual no espaço. Nesse embalo foram fundidos diversos elementos da dança contemporânea com o naturalismo da interpretação, sem perder, no entanto, a dinâmica cênica que o texto reclama.